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Sensibilidade à luz da crise política!

Escrito por Pandora Filmes -

Dirigido por Claudio Noce, ‘Irmãos à Italiana’ esteve na Seleção Oficial do Festival de Veneza! O filme é baseado em fatos reais e acompanha as memórias do próprio diretor e sua infância em Roma, na Itália.

O filme se passa nos anos 70 e acompanha Valerio, um garoto de 10 anos que encontra em um menino um pouco mais velho, Christian, o remédio para a solidão ditada pelo isolamento devido às ameaças de um grupo terrorista contra seu pai, interpretado por Pierfrancesco Favino, vencedor do prêmio “Coppa Volpi” de Melhor Ator em Veneza, por esse filme, e um dos maiores nomes do cinema italiano contemporâneo, protagonista também de O Traidor, de Marco Bellocchio.

A história é baseada na infância do próprio diretor, Claudio Noce, cujo pai era vice-diretor da polícia de Roma, e foi alvo de um atentado nesta época, conhecida na Itália como “os anos de chumbo”. É um filme muito pessoal, sobre o mundo adulto visto pela perspectiva de uma criança. “Fiz este filme enquanto lutava uma batalha interna. Por um lado, lutei com meu passado enquanto trabalhava no lado autobiográfico da história, que estava intimamente conectado com minhas próprias memórias. Por outro, me sentia livre para explorar a amizade e os relacionamentos em um nível mais imparcial. Apesar dessa separação, os dois reinos compartilham o mesmo esforço investigativo.”, explica o diretor. 

A história narrada em “IRMÃOS À ITALIANA” é construída em cima de uma dicotomia entre um drama familiar e uma infância inundada por lembranças calorosas. O pai de Valerio é Affonso, que ao ser ferido em um atentado, passa a carregar uma arma na bolsa e se encolhe toda vez que a campainha toca, mudando toda a família e seus hábitos. Mas, quando Valerio conhece Christian, um garoto um pouco mais velho que ele, a sua vida volta a ser divertida, apesar de nada tranquila. 

Veja aqui o trailer!

“IRMÃOS À ITALIANA” é um mergulho profundo no subconsciente do diretor, onde se encontram baús trancados e envernizados, que talvez até ele mesmo ainda não os tenha aberto.