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Um casamento recebe críticas positivas!

Escrito por Pandora Filmes -

UM CASAMENTO, de Mônica Simões, transforma intimidade em cinema e propõe debate sobre sociedade e matrimônio.

Com distribuição da Pandora Filmes e da Spcine, obra já está em cartaz nos cinemas! Exemplar do cinema de arquivo, documentário revive casamento na Bahia dos anos 1950.

O trabalho reconstrói a história de vida dos pais da diretora baiana Mônica Simões antes e depois do casamento dos pais, celebrado em 28 de julho de 1954. A narrativa é conduzida pelas lembranças da atriz e jornalista Maria Moniz, 82 anos, musa da Tropicália, que revisita o passado através do vasto acervo de fotos e filmes familiares, sempre guiada pelas conversas francas com a filha.

Nascida em Salvador (BA) em 1935, Maria sempre se considerou “uma espécie de ovelha negra”. Filha única, aos 12 anos começou o namoro com Ruy Simões, 12 anos mais velho, sob os protestos da mãe. A rebeldia se manteve depois de casada, quando ingressou na escola de teatro contra a vontade do marido. 

“Um casamento expõe seus métodos de produção com uma coragem incomum”. Naief Haddad (Folha de São Paulo);

“No olhar íntegro de Mônica Simões, a ordem secreta do mundo se inscreve sobre a tela com uma naturalidade irresistível.” Hamilton Rosa Junior (criticos.com.br);

“Mônica nos oferece uma época, um lugar (Salvador) e também uma sociedade, com seus fantasmas, seus valores e sua proibições! Atualíssimo!” Julio Wainer;

“Um casamento é um retrato intrigante e bem montado que tem na profusão de imagens e na serenidade da personagem seus pontos mais fortes.” Susana Schild (O Globo).

O PROCESSO É A OBRA

O filme, fugindo à regra, foi gravado na sequência do roteiro e todas as cenas rodadas uma única vez. Tudo isso no intuito de não interferir na espontaneidade da personagem e da diretora.  Essa naturalidade é captada na tela. Como narrativa, os bastidores muitas vezes assumem o primeiro plano.

ABERTA À SUBJETIVIDADE

Historiadora de formação, Mônica Simões sempre dedicou seu trabalho como diretora à etnografia – principalmente a situação do negro – por meio de documentários como “Eu Sou Neguinha” (1988), “Quilombos Urbanos” (1994) e “Negros” (2009). Mas em “Um Casamento”, obra auto-etnográfica, o desafio foi relaxar o olhar crítico de pesquisadora e se deixar aberta à subjetividade.

“Esse filme explora este fascínio que a imagem exerce sobre mim, através das fotografias e películas com as quais tenho mais intimidade e maior relação afetiva: as do acervo da minha família, território íntimo onde reconheço as pessoas, onde me reconheço”, conclui.